Se um imóvel vai a leilão porque o antigo proprietário não pagou o
financiamento, o comprador não fica responsável por essa dívida
particularmente. Ela é quitada no momento em que o leilão acontece. No
entanto, o imóvel pode ter outras dívidas, como condomínio atrasado,
multas ou IPTU não pago, que passam automaticamente a ser de
responsabilidade do novo proprietário. Por isso, antes de fechar
negócio, é fundamental se informar sobre todas essas pendências.
O edital do leilão, documento com todas as informações relativas ao
bem e ao pagamento, deixa claro se a propriedade tem dívidas ou ações
judiciais pendentes, desde que elas sejam conhecidas. Mas pode haver
responsabilidades em atraso, como as parcelas mais recentes de
condomínio, que ainda não foram informadas ao vendedor. “É um processo
transparente”, garante o leiloeiro Moacir De Santi, da Sodré Santoro.
Junto com o edital do leilão, é disponibilizada a matrícula do
imóvel, documento que conta toda a sua história: vendas passadas,
financiamentos, hipotecas, penhoras, etc. Vale a pena obter uma versão
atualizada do documento, o que pode ser feito no cartório em que está
registrado ou, dependendo da cidade, até pela internet.
É importante também pesquisar na Prefeitura se há débitos de IPTU,
multas não pagas ou outras pendências. Procure ainda confrontar as
informações registradas na Prefeitura com a situação real do imóvel.
Pode haver, por exemplo, áreas construídas que não foram informadas ao
órgão – e caberá ao comprador a regularização. Caso o imóvel pertença a
um condomínio, procure também o síndico ou a administradora para
conhecer eventuais dívidas.
Esse conjunto de informações permite calcular o custo total da
aquisição e, com base no valor de mercado de um imóvel semelhante,
definir o lance máximo que você pode dar para fazer um bom negócio.
Fonte:Estadão
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